sexta-feira, 29 de agosto de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO III - TÓPICO 2

Reconhecemos a complexidade das propostas das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Por essa razão, propomos que se reserve um tempo para a leitura e aprofundamento:
1) Ler e analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Parecer CNE/CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB nº 02/2012 disponíveis em: 
2) Organizar uma roda de conversa com os professores da escola sobre as DCNEM.
3) Sistematização: 
Quais as proposições que mais geraram debate? 
A que você atribui que tenham sido essas as questões mais polêmicas?

4) Faça o registro dessa atividade e socialize com os demais professores cursistas.

- Recomenda-se realizar a discussão na Hora Atividade Concentrada!
- Leia e selecione um tema da Diretriz do Ensino Médio (Resolução 02/2012) que você considere polêmico.
- Anotar todas as opiniões e como realizou a atividade.

10 comentários:

  1. Mônica Soares - Pedagoga12 de setembro de 2014 às 11:54

    Caderno 3- Tópico II

    Escolhi a área de Língua Estrangeira Moderna- Inglês.
    Os posicionamentos polemizados/enfatizados sobre as DCNEMs nesta disciplina foram:
    Ao trabalhar produção textual com os estudantes , o que é imprescindível para a aprendizagem de uma linguagem, encontra-se a dificuldade da quantidade de alunos matriculados em sala limitando o trabalho do professor para o desenvolvimento desta estratégia.
    A carga horária ínfima semanal proposta pela grade curricular impede que haja uma sequência favorável para o desenvolvimento da aprendizagem desta disciplina , assim como nas atividades de produção textual.
    A dificuldade de trabalhar a oralidade pelos estudantes também é enfatizada pelos professores desta disciplina. Este trabalho seria melhor desenvolvido individualmente e também se retrai pelo pouco tempo e números de estudantes em sala de aula.
    A maneira que está sendo desenvolvido o currículo, muitas vezes discrepantes com as possibilidades dos estudantes . Muitos já trazem consigo maior vocabulário pelas suas relações com o mundo tecnológico, midiático e cultural. E com isso, lhes deixando desinteressados pelos conteúdos aplicados em sala de aula.

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  2. A partir de discussões em grupo, selecionamos um aspecto que é considerado bastante polêmico e equivocado em Arte que é a ideia de polivalência. Na diretriz curricular não aparece explicitada a orientação de que o professor deva ministrar aula de outra linguagem que não seja a sua formação, mas sim, estabelecer uma correlação a partir de sua linguagem. A diretriz não é clara e mantém uma dubiedade que permite essa leitura de polivalência que é bastante delicada, se não, perigosa na proposta de trabalho em Arte. A discussão é muito pertinente pois a polivalência é um grande equívoco, pois um professor de português não dá aula de matemática, por questões óbvias de formação. No entanto, em muitas escolas, a orientação é da polivalência sem considerar que, em Arte, o universo de formação é muito amplo precisando de quase uma década para preparar sensorialmente e perceptivamente, assim como intelectualmente, um indivíduo que seja apto a desenvolver e dominar uma linguagem. Isso não se faz do dia para a noite e seria leviano uma pessoa que não tenha domínio se colocar como orientador de outros sujeitos.
    Daniele Franco e Cristine Christofis de Amorim (Arte)

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  3. Arlete Dolny - Profª Língua Portuguesa e Literatura - CEP25 de setembro de 2014 às 17:52

    De acordo com as DCNEM "O projeto político-pedagógico da escola traduz a proposta educativa construída pela comunidade escolar no exercício de sua autonomia, com base no diagnóstico dos estudantes e nos recursos humanos e materiais disponíveis, sem perder de vista as orientações curriculares nacionais e as orientações dos respectivos sistemas de ensino. É muito importante que haja uma ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos estudantes e da comunidade local na definição das orientações imprimidas nos processos educativos. Este projeto deve ser apoiado por um processo contínuo de avaliação que permita corrigir os rumos e incentivar as boas práticas." (página 32, em 6.5 Gestão democrática)
    Para realizar este relato foi proposto que algumas pessoas que compõem o quadro de profissionais da escola, como também alguns estudantes, fizessem a leitura do conteúdo acima e na sequência expusessem considerações a respeito.
    Os dados obtidos, como resultado dessa pesquisa, revelaram que a maior parte dos pesquisados (70% - entre estudantes, funcionários, professores) não tem conhecimento do projeto político-pedagógico do estabelecimento em que, atualmente, estão atuando ou em outro onde já atuaram. Acreditam que o documento deve ser elaborado e escrito pela equipe que administra o estabelecimento de ensino. Uns 20% dos entrevistados (funcionários, professores) participaram de algumas discussões a respeito do projeto político-pedagógico durante os encontros de Semana Pedagógica. E apenas uns 10% dos participantes da pesquisa (professores, funcionários administrativos) disseram ter conhecimento do documento, bem como ter colaborado, em discussões coletivas, para a elaboração ou reelaboração de alguns conteúdos do mesmo.
    Na página 34 das DCNEM lê-se "Nenhum esforço é vitorioso se não for focado no sucesso do estudante. Por isso, o projeto político-pedagógico deve colocar o estudante no centro do planejamento curricular. É preciso considerá-lo um sujeito com todas as suas necessidades e potencialidades, que tem uma vivência cultural e é capaz de construir a sua identidade pessoal e social.
    Como sujeitos de direitos, os estudantes devem tomar parte ativa nas discussões para a definição das regras da escola, sendo estimulados à auto-organização e devem ter acesso a mecanismos que permitam se manifestar sobre o que gostam e o que não gostam na escola e a respeito da escola a que aspiram."
    No entanto, o que se concluiu, após conversa com os estudantes dos 3º anos do Ensino Médio, é que eles nunca tiveram conhecimento do projeto político-pedagógico da escola e, que, portanto, não participaram suas necessidades e potencialidades na construção do documento que deve ser o instrumento facilitador da gestão democrática dos estabelecimentos de ensino (públicos ou privados).

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  4. Sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio foram discutidos os seguintes aspectos: Em relação á metodologia e a aprendizagem dos alunos ( (as):
    Em primeiro lugar aparece no texto como objetivo da educação básica, que o aluno(a) seja autônomo na sala de aula em relação ao processo ensino aprendizagem. É verificado que na educação brasileira, principalmente na escola pública os estudantes não são autônomos e sim dependentes de auxilio e ajuda na resolução de tarefas na sala de aula, debatemos essa questão e pensamos se a estrutura e a forma como é realizado o trabalho pedagógico como um todo não contribui para essa questão da não autonomia ( a precariedade de grande parte das escolas, a clientela em geral desfavorecida da escola, os a busca pelos índices e não a qualidade da educação? outros...)
    Também foi questionado o fato de a ciência geográfica estar relacionada nas ciências humanas e não nas ciências naturais. Atualmente existe uma discussão sobre a Geografia ser uma ciência humana ou Física ? Foi questionado sobre alguns conteúdos da área física ser muitas vezes deixado de lado no planejamento das aulas nas escolas, além do fato de embora atualmente exista um aumento de hora atividade nas escolas os professores (as) não sentam com regularidade para discutir o planejamento.Alguns conteúdos são deixados de lado ou não trabalhados pela área geográfica, como exemplo a Astronomia. ( Daniel José Gonçalves Pinto - Geografia e Professor Elói- Geografia)

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  5. Sobre as diretrizes curriculares nacionais, onde o artigo 9 determina a obrigatoriedade de alguns componentes curriculares, como o estudo da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, especialmente nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História brasileiras, percebemos que em nosso estado, nos últimos anos, a orientação para a inserção destes temas em nossa área (Física) tem sido bastante frequente. No entanto, as sugestões que surgem de como se fazer essa inserção em Física representam, em nosso ponto de vista, tentativas no mínimo forçadas de incluir no currículo algo que pode ser contemplado de maneira eficaz nas áreas descritas pelo próprio documento. Salvo exceções (talvez o estudo da astronomia tupi-guarani), somente quem possua uma bagagem ampla em relação à cultura desses povos é capaz de relaciona-las de forma convincente aos temas abordados em Física. Talvez a melhor forma de reconhecermos a sua importância se dê pelo respeito à cultura de cada um, não somente a indígena ou afro-brasileira, mas à a de todos.
    Outro ponto levantado diz respeito a contemplação no projeto político-pedagógico da utilização de diferentes mídias como processo de dinamização dos ambientes de aprendizagem e construção de novos saberes. Para que isso se torne efetivamente viável, é necessário que haja tanto suporte físico e técnico (aquisição de materiais e sua manutenção) quanto o suporte técnico-pedagógico ( como utilizá-los em sala de aula, como solucionar problemas relativos ao funcionamento dos equipamentos, etc.).
    De maneira geral, a formatação das diretrizes de Física está além daquilo que atualmente é possível se realizar na maioria das escolas. Há um abismo entre aquilo que parece ser o ideal descrito no documento e o real vivenciado nas escolas. Acreditamos que as diretrizes representam um norte para que essa distância se torne cada vez menor e as instituições escolares possam progredir.

    Albano e Cleiton - Física

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  6. Em reunião na Hora Atividade com outros professores de Educação física, um assunto que estamos discutindo já algum tempo, são quais conteúdos seriam relevantes para a Educação Física no Ensino Médio. Quais poderiam ajudar o estudante a refletir e perceber a importância da Educação Física, da Atividade Física para sua vida, para que ser torne um hábito diário, para cuidar da sua saúde. Notamos uma porcentagem muito grande de alunos, são sedentários, e desse muitos já são obesos. Isso por falta de estímulos lá na infância, falhas na educação familiar onde pais também sedentários, professores de Educação Física não davam conteúdos propostos no PPP das suas Instituições de Ensino e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e que apenas “rolavam a bola”. Por isso em nossas reuniões, já estamos conversando sobre o que deu e não certo em 2014. E o que poderemos melhorar para 2015.

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  7. A avaliação é reconhecidamente hoje um dos principais pontos de discussão na educação. Na concepção da disciplina de História a avaliação é entendida como parte do processo de aprendizagem e não o ponto final deste processo.
    Segundo SCHIMIDT; CAINELLI (2004, p. 147), ao tratar da avaliação da aprendizagem em História é necessário entender que o significado do ato de avaliar é um julgamento de valor no qual deve-se levar em conta a explicitação das finalidades, dos objetivos e dos critérios para quem será avaliado.
    Assim, uma avaliação formativa deverá enfocar o/a estudante e o processo de aprendizagem em sua globalidade. O foco numa avaliação de caráter formativo não pode ser unicamente o conteúdo, mas a(s) forma(s) utilizadas pelo/pela estudante para expressar suas interpretações a partir do conhecimento formal que a escola oferece mais os conhecimentos prévios que os mesmos/mesmas carregam.

    Nestas Diretrizes Curriculares, ao se propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.
    Nilton Cezar dos Santos

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  8. Na conversa com professores de Matemática foi debatido sobre a organização curricular do ensino médio. Foi reproduzido cópia do material para leitura e também foi encaminhado via e-mail para cada professor o parecer CNE/CEB 05/2011, Resolução CNE/CEB nº 02/2012 das DCNEM para que efetuem a leitura do documento na íntegra.
    Nessa discussão foi abordado:
    - A integração das áreas: que acontece, no colégio por meio das práticas abordadas nos laboratórios de Física, Química, Matemática, Biologia e Línguas, podendo ser estendidas para as outras disciplinas , acontecendo dessa forma o dialogo entre todas as áreas do conhecimento.
    - Preocupação com a grade curricular: como será a distribuição das aulas dentro das áreas de conhecimento e na disciplina específica. Outro fator preocupante é que o currículo do Ensino Médio passe a ser somente por projetos, explorando desta maneira os conteúdos de forma superficial.
    - A participação da comunidade escolar : que deve ser com mais atuação;
    - Envolvimento do sindicato: atuação mais pontual por parte dos sindicatos às políticas Educacionais
    - A escola em tempo integral: A estrutura da escola deve mudar com construção de mais salas de aulas com equipamentos adequados tornando o ambiente propicio para que de fato o estudante permaneça e conclua essa etapa dos estudos com aprendizagem significativa.
    - Os programas de governo: que todas as escolas tenham conhecimentos desses programas e que seus dirigentes saibam utilizá-los de maneira que se perpetue com inovações necessárias a utilização das tecnologias da época.
    Percebeu-se também a visão equivocada, por falta de clareza, em relação às áreas de conhecimento quanto a formação específica do professor.

    Denise Adriane Regis
    Enzo Aparecido de Souza

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  9. CADERNO 3 - TÓPICO 2

    Durante a hora atividade concentrada foi debatido com os demais professores da disciplina de Biologia sobre o Currículo apresentadox x Currículo praticado no 3º Ano EM no que se diz respeito aos conteúdos trabalhados em Genética. Foi constatado que o Plano se refere ao termo "Conceitos em Genética" de uma forma ampla, o que pode ocasionar diferenças pontuais de ensino de conteúdo. Detectado essa situação, ficou acertado entre os professores da disciplina uma reformulação voltada a clareza da especificação do conteúdo, visando atender através de uma padronização bem mais específica todos os requesitos básicos deste conteúdo.

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  10. Um fator complicado é do rumo das aulas: procurar formar o cidadão com temas contextualizados ou preparar para o vestibular, enfocando os conteúdos. Na nossa escola quase todos os alunos pretendem fazer vestibular. Então uma das discussões é: trabalhar mais temas de vestibular ou procurar explicar os fenômenos da natureza. Infelizmente percebemos que no vestibular, a química aparece de forma conteudista. Então ficar abordando contextualizações não favorece àqueles que passaram por processos classificatórios no futuro. Por outro lado, é isto que a DCN pede e ao mesmo tempo, é isto que como professores gostaríamos de fazer. A química é uma ciência que investiga as transformações do mundo, mas ficamos tão focados no conteúdo que muitas vezes não exploramos a mágica da nossa disciplina, afugentando ainda mais os alunos que cada vez mais tem dificuldades em interpretar textos e fazer cálculos matemáticos.
    Pior ainda é quando solicitado para explorar temas como cultura afro e sexualidade. Ou fazer a inclusão de alunos com deficiências. Não por mal vontade, mas falta de preparo e tempo para execução das atividades (como valorizo a hora atividade quando penso em assuntos assim).

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